Outro dia, escrevi aqui sobre a CAÇA AOS CUBANOS, um velho e surrado jogo sujo dos serviços secretos do Ocidente, em especial a CIA dos Estados Unidos, para atrair atletas amadores dos países socialistas, que investem no esporte com outros olhos que não o de fabricar mercenários.
Escrevi porque considero uma indignidade colocar aliciadores profissionais nas vilas olímpicas, como a do PAN, sem que o governo do país que acolhe e tem a obrigação de proteger os convidados tomem qualquer providência a respeito.
E escrevi também para ser coerente com minhas antigas posições contra o esquema da pesada que se implantou no futebol brasileiro, onde os jogadores não estão nem aí para seus vínculos nacionais. Foi essa obsessão pelo dinheiro rápido e fácil que levou a seleção brasileira ao fiasco do ano passado. Ela era formada exclusivamente de “estrangeiros”, que só tinham em vista os compromissos com seus patrocinadores e as empresas de futebol em que se transformaram os clubes da Europa.
Recebi muitos e-mails de apoio. O que foi bom. Essa história dos boxeadores cubanos que teriam desertado antes mesmo de disputar uma nova medalha de ouro estava muito mal contada. Aquilo foi assédio puro, uma espécie de corrupção de cabeças jovens de um país onde, ao contrário do Brasil, o governo investe na sua formação desde o pré-escolar.
E investe também, fazendo grandes sacrifícios devido ao bloqueio econômico de que é vítima há mais de 45 anos, na revelação de atletas. Porque a ideologia socialista considera que o esporte é parte da atividade dos adolescentes e jovens. Aliás, não precisa ser socialista para entender que a melhor maneira de manter uma juventude sadia é oferecendo atividades esportivas, independente do olho numa eventual profissionalização.
Pois agora os aliciadores começam a ser desmascarados. Os dois atletas cubanos foram “achados” em Praia Seca, Araruama, acompanhados de prostitutas contratadas especialmente dentro do esquema de corrupção moral e viveram uma experiência deprimente, numa espécie de cárcere privado móvel.
As informações deixam claro que eu estava certo quando dei o nome da empresa alemã que se encarregou do trabalho imoral de seduzi-los. E agora, com os pés no chão, eles estão optando para voltar à sua Pátria, mesmo sob o risco de uma reprimenda do seu povo, que pagou para que eles chegassem onde chegaram.
domingo, 5 de agosto de 2007
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