Toda vez que uma grande crise atinge o Brasil a discussão em torno do problema vira técnica e política e o povão, sempre o mais prejudicado, fica sem entender nada no meio de um “blábláblá” que procura culpados, faz acusações, especula, mas não propõe solução alternativa e imediata. É assim com a crise no fornecimento de gás veicular.
O povo não quer ouvir opiniões técnicas e promessas para soluções a longo (bota longo nisso) prazo. O que pesa no bolso do trabalhador que investiu, com incentivo do governo, um bom dinheiro para ter acesso ao GNV, é a economia que pode deixar, como lhe prometeram, de fazer: o gás natural veicular significa, na prática, redução real de 70% de despesas, além de poluir menos e contribuir para aumentar a vida do motor.
Há, sim, indústrias prejudicadas (em conseqüência os trabalhadores pagam a conta com ameaças de demissões), mas o prejuízo maior tem sido sem dúvida para os taxistas, os mesmos que apostaram nas promessas do governo e investiram na adaptação de suas ferramentas de trabalho em busca de mais justas alternativas de faturamento e, portanto, melhores condições de vida.
É para discutir com clareza a crise no fornecimento do gás natural veicular e as ameaças ao trabalho dos taxistas que Câmara Municipal realizará, por minha iniciativa, audiência pública para oferecer propostas em defesa do direito dos taxistas a um combustível que viabilize suas atividades. Mais: será discutida também a defasagem das tarifas.
Autoridades do setor, inclusive da Petrobras, estarão presentes para discutir com clareza até porque, como diz o engenheiro Wagner Victer “o consumo do GNV é aquele em que o gás natural tem a maior abrangência de usuários no país, mais até do que o consumo residencial”.Atualmente é de7 milhões de m3 por dia e inferior a 20% do consumo nacional de gás natural.
De saída Wagner Victer propõe “redução drástica no consumo de gás natural pela própria Petrobras em suas unidades industriais (refinarias), além da aceleração de investimentos para a redução da queima de gás em Plataformas de Petróleo”. O que não se pode é queimar a esperança de uma classe que investiu grande por mais gás para o trabalho. E para a vida.
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
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