Desculpem o jogo de palavras, mas é inevitável: hoje é dia de nos enchermos de gás para discutir a crise do GNV que nos ameaça com aumentos de preços e possibilidade de apagão. Muito se fala, mas por enquanto não houve proposta concreta de solução. É com promessas que tentam minimizar a angústia da população, especialmente do trabalhador que acreditou na alternativa, converteu seu carros e está ameaçado de ficar no ora veja.
A audiência pública que, por minha iniciativa, acontece hoje, a partir das 9 horas, na Câmara Municipal pretende dar voz aos trabalhadores, os maiores prejudicados. Talvez partam de quem sofre diretamente na carne sugestões de imediatas alternativas que não prejudiquem o 1 milhão e 400 mil proprietários de veículo que usam GNV.
O que parece claro é que vão querer dobrar o preço do gás natural para o consumidor pagar a conta - uma conta muito cara porque além de doer no bolso dói na crença que se deu às promessas feitas pelos governos: com intensa propaganda das distribuidoras e menores tributos o consumo do GNV para veículos cresceu e os motoristas que fizeram as conversões de motores pagando entre R$ 2 mil e R$ 3mil estão vendo esse sacrificado investimento escorrer pelo ralo, entrar pelo cano.
Não são os veículos queimam maior quantidade de gás. Ao contrário: a Petrobrás consome em suas unidades industriais os mesmo 7 milhões der gás cúbicos utilizados por toda a frota nacional de veículos que optaram pela conversão. É hora de levar em conta propostas como a de “acelerar investimentos para a redução de queima de gás em Plataformas de Petróleo e de “converter algumas termoelétricas em geração opcional com outros combustíveis”.
O aumento das reservas de combustíveis fósseis no Brasil é visto com pessimismo: para que isso aconteça será necessário investir muito e desenvolver tecnologia de extração submarina em profundidades incomuns, além de viabilizar o aproveitamento das reservas a custos suportáveis pelo mercado.
Muito complicado para o consumidor comum convencido de que com um déficit diário de 30 milhões de metros cúbicos da produção de gás (hoje alcançamos 25 milhões de metros cúbicos) a Petrobras não tem condições de assegurar o fornecimento de gás natural a curto e médio prazo. É urgente a busca de alternativas que não se restrinjam a propostas esquecidas no fundo da gaveta de quem já deveria ter resolvido o problema.
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
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