segunda-feira, 1 de outubro de 2007

A HORA DO JOVEM É HOJE OU NUNCA

Não estranhe se mais uma vez volto a conversar com você, leitor e amigo, sobre os jovens. Os graves problemas, especialmente os causados pelo desemprego e despreparo profissional, da juventude têm me preocupado e mobilizado muito. Estou empenhado em viabilizar projetos e propostas (já, já você tomará conhecimento) através dos quais nós, os mais experientes, possamos ser mais corretos com essa juventude que é a única esperança de um futuro melhor e mais justo. Mais justo do que o presente tem sido com ela.
Veja se não é motivo para uma enorme preocupação: pesquisa do Dieese confirma que o desemprego é mais perverso com os jovens que preenchem uma taxa de desocupação duas vezes maior do que a população em geral. Chega a ser cruel: 46,4% do total de desempregados nos maiores centros urbanos é formada por pessoa de 16 a 24 anos em praticamente todas as capitais do Brasil.
Essa terrível realidade é também consequência do baixo crescimento da economia. O estudo do Dieese ressalta que “o baixo crescimento da atividade econômica nos últimos anos limita a geração de emprego o que no caso dos jovens é agravado pela inexperiência (mas, como ter experiência sem emprego?) e baixa escolaridade de muitos candidatos”, o que reforça a necessidade de ter pelo menos programas de aperfeiçoamento profissional em todas as áreas.
Os jovens são rejeitados e discriminados em outras áreas: vítimas ou responsáveis por grande número de acidentes no trânsito os jovens encontram dificuldades até para fazer seguros automobilísticos: as seguradoras praticam tarifas superiores a veículos dirigidos por jovens.
O mais grave: os jovens são também os grandes alvos da violência urbana, compondo a faixa mais numerosas de vítimas das mortes em ações policiais.
Jovens são como passarinhos: durante muito tempo ficam nos nossos ninhos, mas depois criam asas e querem voar sozinhos, mas para que isso aconteça é preciso prepará-los para vôos seguros. Os jovens só podem voar sozinhos se houver espaço e condições para isso. Abrir e conceder esse espaço depende de todos nós. O futuro do país está no vôo dos jovens. É nosso dever estar cada vez mais atentos a isso.

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