quarta-feira, 17 de outubro de 2007

A LUTA DOS COMERCIÁRIOS É DE TODOS

A chegada das festas de fim de ano aumenta o número de comerciários nas lojas do Rio com empregos temporários, geralmente ocupados por jovens que só assim conquistam o primeiro emprego e a primeira experiência no limitado mercado de trabalho.
Geralmente não nos damos conta da importância dos comerciários na luta dos em conquistas sociais. Para a maioria da população são apenas vendedores, mas comerciários s devem ser vistos também como motor que agita a cidade. Na recente e comemoração do Dia dos Comerciários a cidade ficou mais triste, sem motivação para andar pelas ruas. Não havia nem vitrines para ver, nada o que pechinchar e comprar.
Comerciários comemoraram no último dia 15, mas oficialmente o Dia do Comerciário é 30 de outubro, data estabelecida desde 29 de outubro de 1932 pelo Presidente Getúlio Vargas. No início do século os comerciários cumpriam jornadas de t12 horas diárias, inclusive aos domingos e feriados. Conviviam como ameaças de demissão caso reclamassem desse regime de servidão. Não mudou muito, mas foram os comerciários que em 11 de junho de 1920 iniciaram a primeira luta sindical fundando em Minas Gerais a União dos Empregados no Comércio.
Foi o primeiro passo para que em 29 de outubro de 1932 cinco mil comerciários marchassem pelas ruas do Rio até o Palácio do Catete para a conquista da jornada de trabalho de oito horas e folgas semanais. Essa vitoriosa marcha marcou a categoria dos comerciários como os precursores da luta dos trabalhadores, mas na última década com a implantação de shoppings e grandes redes de varejo os empresários voltaram a abrir aos domingos para “gerar mais empregos”: não há vagas, usa-se a mesma equipe e as vendas não aumentam: dos 23,8% dos 189 milhões de brasileiros que dizem comprar aos domingos apenas 13% compram e a jornada de trabalho não é cumprida. Os comerciantes alegam que o recente “feriadão” representou prejuízo de R$ 85 milhões. É prejuízo ou os sempre gananciosos empresários apenas deixaram de ganhar mais? Os fatos mostram que a luta dos comerciários, assim como a de todos os trabalhadores continua. Ainda há muito a reivindicar e conquistar.

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