segunda-feira, 29 de outubro de 2007

UM DIA DE FESTA, MESMO SEM FESTA

Hoje para mim é dia de festa. É Dia Nacional do Livro. Deveria ser a festa de todos, mas não é porque não há por aqui no o saudável hábito da leitura. O brasileiro gostaria, mas não lê muito ou porque não tem acesso aos livros, ou porque não sabe, mas principalmente porque não cresceu aprendendo que um livro constrói para a formação do cidadão muito mais do que se imagina. Afinal, palavras nunca se perdem.
Recente pesquisa mostrou que o brasileiro “tem fome de livros”, mas mesmo assim outro estudo revela que “no Brasil a categoria dos “sem-livro” é maior que a dos sem-teto ou dos sem- terra”. Nada menos do que 75% dos brasileiros não dominam o exercício da leitura,um número que inclui os analfabetos absolutos - sem qualquer habilidade de leitura e escrita, os 68% considerados analfabetos funcionais, que têm dificuldades para compreender e interpretar textos.
Pode ser o maior, mas não é o único problema. Outra grave limitação é a falta de condições financeiras pra adquirir um livro. Especialistas dizem que o preço do livro é alto demais e alertam: “como um país espera crescer se, em alguns casos, o preço de um livro chega a 33% do salário. Diante dessa realidade é oportuno pensar em uma possível isenção de impostos para diminuir o custo de um livro e iniciar movimentos que primeiro dêem ao povo a oportunidade de segurar um livro na mão e depois a ler esse livro corretamente”.
A leitura é o maior dos ensinamentos das e de vida e um dos maiores prazeres. É importante que desde cedo seja incentivado, nas escolas e em casa,o hábito da leitura. Só assim no futuro os livros sairão das prateleiras e teremos uma população mais informada e melhor preparada. O dia 29 de outubro foi escolhido para ser o Dia Nacional do Livro por ser as data da fundação Biblioteca Nacional (um dos maiores patrimônios do país), que nasceu em 1810 com a transferência da Real Biblioteca portuguesa para o Brasil com acervo der 60 mil peças.
Foi e é nos livros que recolho ensinamentos. Quando estive preso político a leitura foi grande companheira. A maior das esperanças. Sou autor de sete livros (outros virão) e falar sobre o Dia Nacional do Livro não é em causa própria. É em benefício de todos. Do país.

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