terça-feira, 16 de outubro de 2007

EM DEFESA DOS EMPREGOS DA GE

Ainda é tempo de evitar o anunciado fechamento da fábrica de lâmpadas que a GE mantém em Maria da Graça desde 1921.A desativação da fábrica se for mesmo concretizada, representará o fim do último grande núcleo de mão de obra no Jacaré, o que significa desemprego para 900 metalúrgicos (a fábrica chegou a empregar 8 mil operários na década de 70) e a oferta de incentivo para tudo que é ruim. Isso sem falar nos cinco mil trabalhadores que giram em torno da fábrica através de fornecedores.
É para reagir ao quadro que sem dúvida deixará ainda pior a situação do Jacaré e de seu entorno que nos últimos anos assistiu ao fim de diversas fábricas que representavam emprego e esperança para os moradores e trabalhadores do bairro, que foi realizada ontem a primeira audiência pública da Comissão de Trabalho da Assembléia Legislativa presidida pelo deputado Paulo Ramos e com a presença do Secretário do Trabalho do Estado do Rio, de representantes do sindicato, do Ministério Público Federal e Estadual, e de um do Ministro do Trabalho. Carlos Lupi.
O Ministro do Trabalho Carlos Lupi está empenhado em evitar o desemprego e em assegurar que os trabalhadores não sejam prejudicados em seus direitos. Para isso estará reunido no sábado pela manhã com os metalúrgicos, os moradores e os lideres comunitários do Jacarezinho. Reunião na qual também estarei presente assim como estive na audiência pública porque aceitar a confirmação do fechamento da fábrica da GE de Maria da Graça é compactuar de um golpe mortal na massa sem opções, já atingida a partir do governo Collor, quando o então segundo pólo industrial da cidade começou a ser desmontado acarretando o fechamento de uma centena de fábricas. Mais uma,não porque representará que o mercado será atendido com a importação de lâmpadas da China,já que a GE alega que “a produção de lâmpadas, especialmente as incandescentes, é um negócio que apresenta queda de rentabilidade”. Quer dizer: só o que interessa é o lucro doa a quem doer.
Como o vereador mais identificado nos último 25 anos com todas as causas do Jacarezinho estou convencido de que a luta será grande e necessária porque o anúncio de que a GE desativará sua fábrica no Rio em 2008 é um grande desafio para os governos federal, estadual e municipal e reflete a perigosa submissão do Brasil a uma globalização na qual só temos a perder.

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