Na novela “Sete Pecados” a professora Miriam ( interpretada por Gabriela Duarte) enfrenta todo tipo de dificuldades para fazer funcionar uma escola de periferia. A falta de condições de trabalho não impede a professora da ficção de exercer sua vocação de ensinar e de manter a escola funcionando mesmo que precariamente. Nossas escolas de verdade estão caindo aos pedaços, os professores enfrentam dificuldades (baixos salários, precárias condições de trabalho, ameaças e muitas vezes até a falta de alguns trocados para locomoção) para manter as salas de aula funcionando para fazer simplesmente o essencial: ensinar.
É no esforço pessoal de cada um de nossos professores que está o ensinamento maior de vida: o da dedicação e entusiasmo. Levantamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira mostra que o déficit de professores nos níveis fundamental e médio da educação básica ultrapassa 250 mil professores. Faltam professores, faltam escolas, mas não faltam alunos: nos últimos anos aumentaram 53% as matrículas no ensino médio. O estudo mostra ainda que consideradas as matrículas iniciais no Ensino Médio percebe-se a necessidade de Cursos Superiores na Baixada Fluminense.
O trabalho de professores de todos os níveis deve ser reconhecido diariamente, mas não tem sido assim. No recente Dia do Professor a data mal foi lembrada. O Dia do Professor surgiu em 15 de outubro de 1827 através do Decreto Imperial de D. Pedro I, determinando que “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem sua escolas de primeiras letras”, com descentralização do ensino e as matérias básicas para os alunos. Somente em 1947 aconteceu a primeira comemoração até a data ser oficializada pelo Decreto Federal 52.682 de 14 de outubro de 1963. “para enaltecer a função do mestre na sociedade moderna”.
Agora não houve festa. Não há motivos para comemorar. Talvez a festa maior aconteça quando os governos reconhecerem de a importância do professor com melhor remuneração e condições básicas de trabalho. Cada vez mais sacrificados os professores continuam aí para ensinar. Os governos é que precisam aprender.
terça-feira, 16 de outubro de 2007
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