terça-feira, 31 de julho de 2007

EMPREGO É O QUE CONTA

Apesar desse frio que nos fez tirar o casaco do armário e, principalmente, apesar de estarmos já em agosto, um mês da pesada, aqui e ali pinta uma boa notícia. Que bom!
Essa eu faço questão de dar porque trata do problema mais sério do país – o emprego. Tudo o mais é decorrência. Se você não tem emprego, principalmente para a juventude, não pode falar em segurança. Todo mundo precisa viver de alguma de alguma coisa, de preferência do trabalho decente.
Mas se não aparece o emprego, ainda que com esses salários minguados, alguma coisa o sujeito tem de fazer para levar comida para casa. A pior delas é, sem dúvida, recorrer ao crime.Outra, mais deprimente, é sair pedir na rua ou ir dando golpes, às vezes, nos próprios amigos ou familiares.
Pois veja o que concluiu uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, divulgada na manhã desta terça-feira:
Os industriais mostraram-se mais otimistas em julho. O Índice de Confiança da Indústria (ICI), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve alta de 2,9% no confronto com junho, indo de 118,3 para 121,7, o mais elevado desde o início da série histórica, em abril de 1995. Ante o sétimo mês do ano passado, o crescimento foi de 15,8%.
O resultado mostra que a indústria de transformação inicia o terceiro trimestre do ano aquecida e com boas perspectivas para os próximos meses, salientou a entidade em nota disponível em sua página eletrônica. Quanto às expectativas para o emprego, 32% dos empresários projetam contratar novos funcionários nos próximos três meses.
Será? Não é a primeira vez que a gente ouve falar de respostas otimistas que depois não se realizam. Pode ser que isso aconteça ou não. Mas tão importante quanto tratar de matérias urgentes como a crise aérea e essa pouca vergonha que transforma a atividade política em algo fora de propósito, todo governo que quer realmente encarar a realidade de frente tem de priorizar programas que gerem emprego.
Isso, como já disse, é mais importante do que manter o sistema assistencialista cuja maior marca é o bolsa-família, uma forma de caridade oficial que acaba acostumando mal o cidadão, como diz o baião de Luiz Gonzaga.
Por isso, daqui deste espaço, faço sinceros votos de que todos os empresários, industriais ou não, tenham condições de ampliar seus plantéis.

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