terça-feira, 24 de julho de 2007

SOLIDARIEDADE À SANTA CASA

Quem nesta cidade não precisou e foi bem atendido no Hospital Geral da Santa Casa? Pode ser que um ou outro tenha queixa, mas a grande maioria da população tem encontrado uma acolhida carinhosa de um pessoal que se habituou a prestar serviços com espírito de solidariedade. Os melhores médicos do Brasil em suas especialidades, como o neuro-cirurgião Paulo Niemeyer e o famoso cirurgião plástico Ivo Pitanguy estão entre os que dedicaram ou dedicam parte de seus conhecimento ao atendimento de pacientes carentes.
Essa grande instituição centenária passa por um sufoco no Rio de Janeiro, como já aconteceu em outras cidades. Em algumas delas, aliás, elas simplesmente fecharam.
O Ministério da Saúde está cumprindo seu dever. Diante de uma situação de crise, realiza uma auditoria, já que recursos públicos do SUS são enviadas para o hospital da Santa Casa.
Contudo, se eu fosse solicitado, assinaria o manifesto dos seus médicos, divulgado nesta terça-feira.
O documento, assinado por 42 dos 49 chefes de serviço, inclui nomes de profissionais renomados, como Pitanguy. Na carta, eles afirmam que, diferentemente de outras instituições, a Santa Casa “não se tornou uma empresa lucrativa em detrimento da caridade”. Ao citar a auditoria que está sendo realizada pelo Ministério da Saúde, os profissionais dizem que podem comprovar apenas a dedicação com que atendem “mensalmente cerca de quatro mil pacientes, jamais irregularidades ou desvios de seus médicos”.
Segundo cardiologista responsável pela 6aEnfermaria, Cantídeo Drumond Neto, as equipes de saúde estão confiantes na recuperação da instituição. Um dos líderes da iniciativa, ele disse que a Santa Casa conta com o apoio de mais de 90% dos médicos.
— Não temos envolvimento com a Santa Casa como um todo, mas com o Hospital Geral. É um caso à parte, porque os médicos são muito competentes e há um programa de residentes classe A — disse Cantídeo. — Quanto à falta de medicamentos, todos os hospitais passam por problemas, não é exclusividade do Hospital Geral.
A entidade filantrópica — que administra cinco hospitais, 14 cemitérios, um asilo e dois orfanatos — passa por grave crise, acumulando dívidas de mais de R$ 25 milhões.
Quero que os profissionais abnegados que prestam serviços ao povo pobre na Santa Casa saibam que, tão logo termine o recesso, na semana que vem, vou mobilizar a Câmara Municipal do Rio de Janeiro para ajudar a instituição.
É o mínimo que um brasileiro decente pode fazer nessa hora. Ainda mais no exercício de um mandato parlamentar.

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