sábado, 28 de julho de 2007

O RIO QUE O PAN AMOU

Com o encerramento neste domingo dos jogos pan-americanos, O Rio de Janeiro dá uma demonstração para o mundo de seu imenso potencial e, aqui para nós, o prefeito César Maia sai fortalecido, com a alma lavada.
Como eu comentei ontem, há uma imagem distorcida sobre nossa cidade, cujos problemas de segurança não são nem um pouco diferentes de outras metrópoles do mundo.
Digo isso sem querer forçar a barra. Estive em cidades dos Estados Unidos e na Europa e nunca me senti mais seguro do que aqui. Para ser justo, o único lugar onde respirei um clima de segurança efetiva foi em Havana, Cuba, onde não encontrei nenhuma criança abandonada, nem mendigos, nem pessoas em atitudes ameaçadoras.
Já em Miami, nos Estados Unidos, dá até medo andar no centro da cidade – o Down Town – depois de sete da noite. Numa das viagens que fiz aos Estados Unidos, havia um clima de consternação porque tinham assassinado dois turistas alemães.
Em Madri, na Espanha, levaram minha carteira com os cartões de crédito na véspera da volta ao Brasil. Era um domingo. Só percebi quando cheguei ao hotel, depois de pegar metrô e trem para ir visitar a cidade histórica de Aranjuez. Avisei aos dois cartões, mas já era tarde. No mesmo domingo, eles foram usados para comprar jóias em valores superiores a 13 mil dólares numa única joalheira. Tudo no esquema, com certeza. Claro que o seguro dos cartões assumiu essa dívida.
Conto isso para que a gente comece a refletir sobre essas campanhas que a própria mídia carioca alimenta. São Paulo, por ter um a população muito maior, é bem mais violento. No entanto, a imprensa de lá procura minimizar os acontecimentos negativos.
O Pan quase não se realiza no Rio de Janeiro exatamente por conta dos temores generalizados sobre segurança. Houve nesse ponto uma união entre os governos Federal e Estadual e, felizmente, não se soube de nenhum caso grave, que viesse a comprometer o brilho da grande festa esportiva.
Está provado que, em havendo vontade política, nossa cidade poderá ser de novo um dos maiores pólos internacionais de turismo, com o que isso representa em empregos e crescimento econômico. Só espero que, entre outros benefícios, o PAN tenha nos proporcionado esse.
O Rio de Janeiro tem um povo acolhedor e é a capital com maiores atrativos naturais do mundo. Agora, é mãos à obra: mais turismo e mais emprego.

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