segunda-feira, 3 de setembro de 2007

O RISCO NOS TRILHOS É REAL

Ainda nem engolimos os acidentes com os aviões da Gol e da TAM e somos amargamente surpreendidos com a colisão de trens em Nova Iguaçu com 8 vítima fatais e 101 feridos. O drama de pessoas procurando notícias e parentes em meio aos escombros parece coisa de cinema, mas infelizmente é uma realidade que se tem repetido com freqüência. Tudo bem que como a palavra define acidentes acontecem, mas podem ser evitados. Sempre que um desastre de grandes proporções ocupa as primeiras páginas dos jornais e espaço nobre na televisão, se coloca com clareza a necessidade de exigirmos melhor manutenção nos veículos, sejam terrestres, aéreos, marítimos ou ferroviários, que não podem ser só um bom, comércio: estão nos caminhos da vida (não da morte) para atender (atender bem) diariamente a milhões de usuários. A impressão que se tem é a de que os concessionários de transportes ferroviários estão mais preocupados em encher os bolsos com o dinheiro das passagens, que, aliás, custa mais caro do que atender com eficiência aos usuários. Quando a questão é a saúde a prevenção é o melhor remédio. Quando a utilização de transportes coletivos se impõe a solução está sem dúvida na manutenção dos veículos que carregam esse povo para cima e para baixo. O acidente em Nova Iguaçu não é o primeiro. A história dos acidentes ferroviários no Brasil registra várias colisões, uma delas em 1952, no bairro de Anchieta, aqui no Rio, com 90 mortos e 200 feridos. A recente colisão certamente poderia ter sido evitada se tivessem levados a sério sido levados a sério os alertas do Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil para a necessidade de cuidar, ou seja, fazer investimentos, justamente no trecho em que ocorreu a colisão. Como se tratava de gastar (e não de ganhar) dinheiro Os trens circulam há mais de 200 anos. Quer dizer: já deu tempo de aprender que é preciso manter as ferrovias com segurança. Manutenção é fundamental. Inclusive e principalmente para manter a vida dos usuários. Custe o que custar.

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