quinta-feira, 20 de setembro de 2007

ENFIM, UMA AUTORIDADE NO JACAREZINHO

Enfim, uma autoridade do governo estadual foi ao Jacarezinho ouvir suas lideranças. Falo assim porque já não era sem tempo. Até agora os moradores daquela comunidade, que já foi o celeiro da mão de obra do outrora segundo pólo industrial da cidade, só sabia do governo do Estado pela presença nem sempre feliz das polícias militar e civil.
Coube ao subsecretário de Governo, Rodrigo Bethlem, tal façanha. À convite da Associação de Moradores e do Movimento pela paz, Bethlem ouviu as reivindicações apresentadas e se comprometeu a agilizar as respostas.
O Jacarezinho precisava mesmo de uma presença pacífica do governo estadual. Embora seja a segunda maior favela do Rio de Janeiro (não falo dos complexos), com mais de 70 anos de existência e uma população esclarecida, toda vez que algum governante fala em um programa social, seus moradores são inexplicavelmente esquecidos.
Há planos mirabolantes para a Rocinha, Complexo do Alemão e Manguinhos. No Complexo da Maré, inauguraram a Unidade de Atendimento Pré-Hospitalar. Por que não se fala no Jacarezinho, onde há promessas e serviços feitos pela metade?
É isso mesmo. Desde de fevereiro está pronto o castelo d`água, de 250 mil litros, construído pela Prefeitura dentro do programa Favela-Bairro, que levei para o Jacarezinho em 1995.
Para que essa obra fosse feita, tivemos muito trabalho, uma vez que foi preciso demolir várias casas no alto do morro, na parte chamada poeticamente de “Azul”.
A obra também levou muito tempo, mas, enfim, no início deste ano, era dada por concluída. O que falta agora? Simplesmente que a CEDAE assuma as ligações, puxando a água e sistematizando sua distribuição. No entanto, não sei porque cargas d`água, até hoje nada foi feito pelo Governo do Estado.
Há mais de cinco anos que venho incluindo no orçamento municipal dotações para a construção da vila olímpica, em terreno que a GE está disposta a liberar. Se você não sabe, Romário, um dos maiores craques de nosso futebol, nasceu no Jacarezinho e lá foi batizado pelo padre Nelson.
Sai ano, entra ano e nada. Os moradores de lá ficam sabendo pela imprensa de construções em outras comunidades menores e com menor tradição esportiva. Lá, eles próprios fizeram alguns campos de futebol e hoje só resta o do Abóbora.
Há também a reivindicação, com terreno já disponibilizado, para a inadiável implantação do Posto de Saúde 24 horas. De frente para a Avenida “Suburbana”, esse equipamento serviria também para todo o entorno.
Enfim, só espero que Bethlem tenha condições de levar para o Jacarezinho algo diferente do “caveirão”.

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