MINHA COLUNA NO JORNAL POVO DO RIO DE 23 DE ABRIL DE 2008
Como já informei aqui, o Cardoso Fontes só atenderá a partir de amanhã aos casos de dengue, emergências, pacientes já agendados e tratamentos inadiáveis. O maior hospital geral de Jacarepaguá, um bairro com 407 mil moradores na Zona Oeste do Rio de Janeiro, só voltará às suas atividades normais, no mesmo padrão dos tempos da diretora Zileide Fernandes, quando o ministro da Saúde conseguir libertar-se das amarras que o fizeram entregar sua direção ao dono de uma clínica ginecológica em Nilópolis, na baixada fluminense, onde pontificam Anísio Abraão e seu primo, o deputado Simão Sessin.
Tenho a esperança de que Temporão já tenha lido o relato que o enviei, bem como outros informes das entidades de classe, inclusive dos sindicatos dos Médicos, Enfermeiros e do Sindsprev e já tenha se posicionado com coragem e firmeza, livrando o Cardoso Fontes de um diretor aloprado.
Do contrário, passará para a história como o ministro que bancou o retorno do regime de terror e perseguições irracionais na administração pública. Regime que teve seu momento mais indefensável e mais emblemático na noite de quarta-feira, dia 14 de abril, quando o diretor imposto submeteu a um inacreditável sofrimento o médico José Geraldo Menezes, de 60 anos, presidente do corpo clínico da instituição, levado para uma delegacia policial sob a acusação de roubo, por conduzir alguns medicamentos que eram seus, como provou, constrangido e humilhado, com a exibição das notas fiscais levadas á delegacia por seu colega Thiago Tagiba.
Se a nomeação desse diretor, para atender a pressões da “base aliada” e sua administração desastrada já comprometem por si a gestão do ministro Temporão, em quem acreditei de olhos fechados, sua omissão neste momento poderá ser fatal para a sua credibilidade junto à opinião pública, que vê com sentimento de frustração a volta da prática deletéria de servir hospitais como moeda de troca no jogo sujo da política.
Aliás, parece que o sanitarista já não tem o comando das ações no seu Ministério. Ontem mesmo, a colunista Berenice Seara, do jornal EXTRA, informou que essa excrescência – a nomeação de um diretor que conheceu o hospital no dia da posse - foi articulada diretamente por José Noronha, apontado por ela como “o braço político do PMDB no Ministério da Saúde”.
Identificado com os propósitos modernizantes do sanitarista José Gomes Temporão, ainda tenho esperança de que ele faça sua autocrítica, demita o dono da clínica de Nilópolis do hospital público de Jacarepaguá e devolva seu comando aos competentes profissionais do Cardoso Fontes, mais do que um hospital, uma escola de saúde pública.
Fora disso, não há outra atitude, pois como dizia Vladimir Ilich Ulyanov, que ele já leu, “a prática é o critério da verdade”.
CLIQUE AQUI e veja como o diretor imposto tomou posse no Hospital Cardoso Fontes, conforme documentou em filme o Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro.
coluna@pedroporfirio.com
4 comentários:
Acho dificil o Ministro Temporao fazer qualquer demissao. No Brasil todo mundo eh bonzinho e medico nao tem forca politica.
Estou em campanha para representar o sul no Big Brother
No meu perfil tem muitas informações e nos meus vídeos já tenhos mais de 30 videos onde mostro um pouco do RS...
A cada semana coloco vídeos novos...
Pensei em ser diferente e irreverente...espero que tenha conseguido
Entre e espie a vontade....
Será também um prazer lhe adicionar como amigo se quiseres...
No orkut me encontra como RAFAEL MORAWSKI (OFICIAL)
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e voces se livraram dele mais agente aqui em nilopolis que estamos sofrendo ele e sub-secretario de saude e diretor do hospital municipal.
caraca ninguem faz nada e esse aloprado continuaa perturbando a gente aqui em nilopolis
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