"Nossa hora está chegando. Nosso movimento é real e a mudança está chegando para a América. Nós somos aqueles que estivemos esperando. Nós somos a mudança que queremos para os Estados Unidos. Nós somos a esperança. Sim, nós podemos!”
Barack Obama, pré-candidato do Partido Democrata, falando em Chicago.
Independente do desfecho da campanha presidencial nos Estados Unidos,ficaremos devendo ao jovem senador Barack Hussein Obama um dos momentos mais edificantes da história política da Humanidade.
Negro e filho de um queniano muçulmano, 46 anos, Obama é hoje a grande esperança de que haja uma mudança de verdade na ainda maior potência do mundo. É também a prova de que nem tudo está perdido naquele país, dono da maior economia e do maior orçamento militar do mundo.
O seu desempenho nas primárias internas do Partido Democrata já representa um sinal positivo para um universo que precisa encontrar os caminhos da paz e da justiça, livrando-se de vez, ou por muito tempo, dessa indústria de guerra, que responde por boa parte da crise mundial e não consegue prescindir da fabricação de ameaças e inimigos.
No caso do Partido Democrata, os norte-americanos estão diante de duas autênticas novidades: ou escolhem um afro-descendente, que, além de tudo, fez seus primeiros estudos num país asiático, a Indonésia; ou uma mulher, esposa de um ex-presidente que viveu um período de oito anos sem guerras e invasões.
Com o pé atrás
Quando seu nome começou a aparecer, fiquei com o pé atrás. Afinal, outro senador negro, o reverendo Jesse Jackson, uma espécie de descobridor da vocação política de Obama, já havia perdido em duas tentativas semelhantes dentro do mesmo Partido Democrata.
E mais: ainda não estão cicatrizadas as feridas de um racismo explícito que predominou nos Estados Unidos, especialmente no Sul, por séculos. Junto a isso, a ascendência de Obama seria usada fatalmente contra ele, na medida em que o atual “grande inimigo” dos norte-americanos é o mundo muçulmano. Mas, incrivelmente, apesar do jogo baixo dos seus adversários, sua mensagem rica em imagens humanitárias se converteu num novo fenômeno para aquele país, com inevitáveis repercussões por todo o mundo.
O furacão Obama resulta de outro fato novo e altamente positivo, como observou o jornalista Jorge A. Bañales,de Washington: “A resposta pode estar nos potenciais 44 milhões de eleitores com menos de 30 anos que comparecerão às urnas este ano, muitos deles motivados pela mensagem de "mudança".
Em uma correspondência da agência EFE , Bañales identifica na mensagem do senador negro a motivação dos jovens, que podem representar 25% dos eleitores presidenciais em novembro.
"Os eleitores jovens vêm participando em proporção crescente desde 2004, mas isso é muito mais notável este ano", disse à Agência Efe, Chrissy Faessen, do grupo Rock the Vote, que se propôs a cadastrar dois milhões de novos eleitores. "Os jovens estão muito ativos e interessados".
No dia 4 de novembro, algo em torno de 130 milhões e 135 milhões de americanos vão votar nas eleições presidenciais, e, segundo o pesquisador John Zogby, 20% deles serão eleitores com menos de 30 anos.
"Se o índice de comparecimento dos jovens à votação continuar o mesmo das primárias, que atualmente está em 60%, estamos falando de 26 milhões a 28 milhões de pessoas", disse Zogby, que afirmou que se Obama for o candidato democrata, o voto jovem poderia chegar até 25% do total”.
Ainda é cedo para fazer prognósticos sobre essa nova “febre”, que está fazendo ressuscitar a esperança e o senso crítico da massa média norte-americana. Porque os laboratórios da intolerância não vão aceitar alguém que de cara acusa Bush de ter cometido um erro fatal, ao envolver-se na invasão do Iraque, contra a qual tem posição frontalmente contrária.
A intolerância conspira
Jack Wheeler, que monitorou Ronald Reagan na década de 80, já começou a trabalhar as paranóias dos seus compatriotas. Ele , é presidente-fundador da Freedom Research Foundation, associação que serviu de cobertura à CIA para recrutar mercenários e apoiar guerrilhas anti-comunistas, nos anos 80. Wheeler, que colabora desde há muito com o grupo Moon, ministrou cursos de tortura para militares latino-americanos na School of Americas de Fort Benning, Geórgia.
Em artigo publicado no “Washington Times”, ele escreveu: “Barack é o produto de um muçulmano negro do Kenia, Barack Hussein Obama, e uma ateísta branca do Kansas, Shirley Ann Dunham, que se conheceram na Universidade do Havaí em Honolulu. Por isto seu segundo nome é o mesmo de Saddam. Seu primeiro nome é de origem islâmica, derivado da palavra árabe baraka utilizada no Corão para ABENÇOADO”.
Seu artigo foi reproduzido por grande rede de blogueiros de extrema direita nos EUA com o apoio da rede de televisão FOX. Resultado: embora Obama seja protestante, freqüentador assíduo de um templo evangélico, uma recente pesquisa feita nos Estados Unidos, informou que 50% dos entrevistados acreditam que ele é muçulmano.
Também em relação a esse tipo de queimação, que inclui chamá-lo de Osama (referência Bin Laden) , o carismático líder também não ficou na defensiva - outra lição que deu ao mundo. Para ele, o fato de ter vivido alguns anos de sua infância em um país muçulmano permite abrir caminho para um diálogo com essa população de mais de um bilhão de habitantes.
“Depois de ser eleito, desejo organizar uma reunião de cúpula no mundo islâmico, com todos os chefes de Estado, a fim de ter uma discussão franca sobre como superar a distância, maior todos os dias, entre os muçulmanos e o Ocidente. Quero pedir-lhes que participem na nossa luta contra o terrorismo. E precisamos também ouvir as queixas deles”, declarou à revista francesa PARIS MATCH.
No primeiro grande evento que o projeto nacionalmente nos EUA, a convenção do Partido Democrata de 2004, Obama definiu com firmeza como vê o seu país: “Não há uma América liberal e uma outra conservadora; há apenas os Estados Unidos da América. Não há uma América negra, uma América branca e outra América asiática, há apenas os Estados Unidos da América”.
Assim, Barack Hussein Obama vai conquistando os corações e mentes dos norte-americanos. Tomara que não seja mais uma vítima de balas assassinas, nem de baixarias covardes.
coluna@pedroporfirio.com
Independente do desfecho da campanha presidencial nos Estados Unidos,ficaremos devendo ao jovem senador Barack Hussein Obama um dos momentos mais edificantes da história política da Humanidade.
Negro e filho de um queniano muçulmano, 46 anos, Obama é hoje a grande esperança de que haja uma mudança de verdade na ainda maior potência do mundo. É também a prova de que nem tudo está perdido naquele país, dono da maior economia e do maior orçamento militar do mundo.
O seu desempenho nas primárias internas do Partido Democrata já representa um sinal positivo para um universo que precisa encontrar os caminhos da paz e da justiça, livrando-se de vez, ou por muito tempo, dessa indústria de guerra, que responde por boa parte da crise mundial e não consegue prescindir da fabricação de ameaças e inimigos.
No caso do Partido Democrata, os norte-americanos estão diante de duas autênticas novidades: ou escolhem um afro-descendente, que, além de tudo, fez seus primeiros estudos num país asiático, a Indonésia; ou uma mulher, esposa de um ex-presidente que viveu um período de oito anos sem guerras e invasões.
Com o pé atrás
Quando seu nome começou a aparecer, fiquei com o pé atrás. Afinal, outro senador negro, o reverendo Jesse Jackson, uma espécie de descobridor da vocação política de Obama, já havia perdido em duas tentativas semelhantes dentro do mesmo Partido Democrata.
E mais: ainda não estão cicatrizadas as feridas de um racismo explícito que predominou nos Estados Unidos, especialmente no Sul, por séculos. Junto a isso, a ascendência de Obama seria usada fatalmente contra ele, na medida em que o atual “grande inimigo” dos norte-americanos é o mundo muçulmano. Mas, incrivelmente, apesar do jogo baixo dos seus adversários, sua mensagem rica em imagens humanitárias se converteu num novo fenômeno para aquele país, com inevitáveis repercussões por todo o mundo.
O furacão Obama resulta de outro fato novo e altamente positivo, como observou o jornalista Jorge A. Bañales,de Washington: “A resposta pode estar nos potenciais 44 milhões de eleitores com menos de 30 anos que comparecerão às urnas este ano, muitos deles motivados pela mensagem de "mudança".
Em uma correspondência da agência EFE , Bañales identifica na mensagem do senador negro a motivação dos jovens, que podem representar 25% dos eleitores presidenciais em novembro.
"Os eleitores jovens vêm participando em proporção crescente desde 2004, mas isso é muito mais notável este ano", disse à Agência Efe, Chrissy Faessen, do grupo Rock the Vote, que se propôs a cadastrar dois milhões de novos eleitores. "Os jovens estão muito ativos e interessados".
No dia 4 de novembro, algo em torno de 130 milhões e 135 milhões de americanos vão votar nas eleições presidenciais, e, segundo o pesquisador John Zogby, 20% deles serão eleitores com menos de 30 anos.
"Se o índice de comparecimento dos jovens à votação continuar o mesmo das primárias, que atualmente está em 60%, estamos falando de 26 milhões a 28 milhões de pessoas", disse Zogby, que afirmou que se Obama for o candidato democrata, o voto jovem poderia chegar até 25% do total”.
Ainda é cedo para fazer prognósticos sobre essa nova “febre”, que está fazendo ressuscitar a esperança e o senso crítico da massa média norte-americana. Porque os laboratórios da intolerância não vão aceitar alguém que de cara acusa Bush de ter cometido um erro fatal, ao envolver-se na invasão do Iraque, contra a qual tem posição frontalmente contrária.
A intolerância conspira
Jack Wheeler, que monitorou Ronald Reagan na década de 80, já começou a trabalhar as paranóias dos seus compatriotas. Ele , é presidente-fundador da Freedom Research Foundation, associação que serviu de cobertura à CIA para recrutar mercenários e apoiar guerrilhas anti-comunistas, nos anos 80. Wheeler, que colabora desde há muito com o grupo Moon, ministrou cursos de tortura para militares latino-americanos na School of Americas de Fort Benning, Geórgia.
Em artigo publicado no “Washington Times”, ele escreveu: “Barack é o produto de um muçulmano negro do Kenia, Barack Hussein Obama, e uma ateísta branca do Kansas, Shirley Ann Dunham, que se conheceram na Universidade do Havaí em Honolulu. Por isto seu segundo nome é o mesmo de Saddam. Seu primeiro nome é de origem islâmica, derivado da palavra árabe baraka utilizada no Corão para ABENÇOADO”.
Seu artigo foi reproduzido por grande rede de blogueiros de extrema direita nos EUA com o apoio da rede de televisão FOX. Resultado: embora Obama seja protestante, freqüentador assíduo de um templo evangélico, uma recente pesquisa feita nos Estados Unidos, informou que 50% dos entrevistados acreditam que ele é muçulmano.
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“Depois de ser eleito, desejo organizar uma reunião de cúpula no mundo islâmico, com todos os chefes de Estado, a fim de ter uma discussão franca sobre como superar a distância, maior todos os dias, entre os muçulmanos e o Ocidente. Quero pedir-lhes que participem na nossa luta contra o terrorismo. E precisamos também ouvir as queixas deles”, declarou à revista francesa PARIS MATCH.
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4 comentários:
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