terça-feira, 10 de junho de 2008

Na rua, faça chuva ou faça sol

MINHA COLUNA NO JORNAL POVO DO RIO DE 10 DE JUNHO DE 2008
Se algum variguiano ou beneficiário do Aerus me perguntar, não terei dúvida em responder: estão criadas as condições para reverter o quadro perverso e insustentável que levou ao esfacelamento da maior companhia aérea do país, com essa carrada de desastres de repercussão em toda a nossa aviação.
Isso só acontecerá, no entanto, se houver uma reaglutinação de todo o pessoal lesado e de todos os segmentos que estiveram contra as maracutaias que redundaram na escandalosa entrega desse patrimônio brasileiro a um fundo abutre de investimento dos Estados Unidos, através de “laranjas” que não escondiam essa condição.
Essa reaglutinação terá de levar para as ruas de todo o país o grito que está parado no ar. É preciso tomar as praças e exigir o resgate dos direitos surrupiados de todos – funcionários, aposentados, pensionistas e usuários do transporte aéreo.
Ir para a rua não pode ser um esforço hercúleo de meia dúzia de abnegados lutadores de todas as horas. É uma obrigação de todos, inclusive dos que até hoje não mostraram suas caras.
Ao longo das lutas sociais, têm maiores possibilidades de vitórias aqueles que forem mais representativos da categoria. E o pessoal da Varig deve ter aprendido muito nesses últimos anos da mais sórdida humilhação, imposta sobretudo devido à divisão de que se aproveitaram os sanguessugas, sedentos da última gota de sangue da corporação.
As associações profissionais têm clareza quanto a isso. Uma grande mobilização deverá ocorrer em todo o país, com a realização de manifestações onde for possível.
No Rio, há um encontro marcado para o próximo domingo, dia 16, com uma concentração na Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, a partir das dez e meia da manhã.
Os organizadores da manifestação estão conclamando a todos a que chamem seus vizinhos, conhecidos: enfim, esse complô contra a Varig, o Aerus e se pessoal diz respeito a todo o povo brasileiro.
“Sairemos para a praia, em Ipanema, e vamos percorrer a Orla até o Arpoador. Do Arpoador vamos pela Francisco Otaviano e pegamos a Avenida Atlântica até o Copacabana Pálace.
Levem cartazes, bandeiras, apitos. Vamos buscar o apoio da população. Isso é muito importante, pois tem muita gente que via e ainda vê os ex-funcionários como "marajás". Claro que isso é um estereótipo que foi criado, pois não é verdadeiro. E, hoje, todos passam por sérias dificuldades e procuram sobreviver aos trancos e barrancos.
Vamos para a avenida falar da nossa dor e exigir o que nos é devido. Não podemos deixar cair no esquecimento.
Vamos arregaçar as mangas e montar cartazes, lembrar que a juíza já iniciou as vistas ao processo da Defasagem Tarifária. Mais uma razão para aumentarmos o barulho, pois um parecer favorável irá resolver o problema do AERUS”.
Eu estarei lá, faça chuva ou faça sol.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que mulher corajosa essa. não a Dilma a outra. Mas, é claro esses politicos poderosos vão fazer tudo para ridiculariza-la e outras coisas mais. Aqui é assim....mesmo, não é mesmo srs. politiqueiros.