terça-feira, 18 de dezembro de 2007

A CORDA APERTA NO PESCOÇO DO TAXISTA

Estão tirando todo o gás dos taxistas e apertando cada vez mais e sem dó a corda no pescoço de milhares de profissionais que enfrentam todo tipo de dificuldades. Agora é o governador Sergio Cabral que está vetando projeto que reduz em 50 % o valor atualmente cobrado pelo estado no IPVA de carros bi combustíveis (álcool e gasolina). O veto atinge mais de 65 mil proprietários de veículos biflex, que - é bom lembrar – acreditaram nas promessas de um combustível mais barato com o álcool.
Não é só: o governo do Estado pisa firme no acelerador para atropelar cruelmente os taxistas e por sugestão da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviço estuda projeto de lei que acaba com a redução do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores em até 75% para carros convertidos a gás que custaram os olhos da cara aos taxistas que também acreditaram no gás como promessa de combustível mais em conta.
As medidas do governo estadual atingem proprietários de 48.089 Veículos a álcool e GNV, 505.820 de carros a gasolina e GNV e 55.913 que podem usar os três tipos de combustível. É bom lembrar que a crise no Rio foi artificial, criada para provocar a redução do consumo de gás, que não vinha da Bolívia, mas sim da bacia de Campos. Desestimular o uso de veículos a gás é também a intenção do governo do Rio na troca de passes com o time de Brasília. O prejuízo não é só dos taxistas: o Sindicato das Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios está decidido a mover ação indenizatória por perdas e danos.
Não é de hoje que taxistas pagam caro para exercer a profissão, que, aliás, precisa ser regulamentada urgentemente de modo a garantir a praça para os que têm realmente vocação para a prestação desse serviço tão importante para a população. A aprovação da lei 3123/00, de minha autoria, pela qual foi extinta a terceirização da permissão, foi derrubada por outra lei, quando eu estava fora da Câmara, contribuindo para o inchaço da praça. Está claro que só uma mobilização unitária (em 2008 convocarei reuniões na Câmara Municipal) de todos os que realmente trabalham, sejam antigos ou novos permissionários pode afrouxar a corda que apertam no pescoço desses profissionais que querem o que a Constituição lhes garante: o direito e a liberdade de trabalhar. O resto é pura exploração de quem não enxerga o problema com a grandeza e a justiça necessária. Querem deixar taxistas e passageiros a pé.

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