Coluna no jornal POVO DO RIO do dia 23.6.07
De alguma forma, você deve estar sabendo do tititi no Senado da República. Naquela outrora respeitável casa do Poder Legislativo, o seu presidente, senador Renan Calheiros, está em maus lençóis.
Tudo por causa dos lençóis de sua atração fatal, a jornalista Mônica Veloso, um avião que já foi sonho de consumo de 9 em cada 10 figurões da Praça dos Três Poderes.
É que, esquecendo os preceitos da prudência e dos costumes modernos, o senhor presidente do Senado não soube brincar com fogo. Naquele clima quente de prazer que o poder oferece, o alagoano deu mole: não usou camisinha e ganhou uma filha para além de suas porteiras.
Até aí morreu Neves. Os brasileiros não são metidos a falsos puritanos com os americanos. Nem a sua esposa se deu por traída. Tanto que está lá, firme e forte, a seu lado, como se nada demais tivesse acontecido.
O problema é quem pagava a conta dessa relação digamos pecaminosa era um sujeito especialista em "convencer" os donos dos poderes a darem preferência à construtora para a qual trabalhava. Cláudio Gontijo não nega que é lobista da Mendes Junior. E também não esconde que era o portador da grana para o sustento da nova brasiliense, em valores tão generosos que hoje há uma fila de belas mulheres à espera de um olhar do fértil alagoano.
Por causa dessa pensão terceirizada, o presidente do Senado pode perder até o emprego. Aliás, não só por causa disso, mas, principalmente por sua arte de vender a boiada a preço de ouro a empresas inexistentes e a um modesto açougue da esquina, na Maceió das mil e uma noites.
Com todo o poder de que dispõe e até com a solidariedade de 9 em cada 10 senadores, Renan pode saber o que dizer em casa, mas não está conseguindo convencer a ninguém de que era seu, dos seus bois, o dinheiro usado para sustentar a filhinha, uma conta que passa dos 300 mil reais.
Por causa disso, a Casa de Leis quase vira uma casa de tolerância. Os pares e os ímpares de Renan tentaram abafar, com a história de que tudo se resumia a um caso de amor com final infeliz.
Isso não deu. Pior: deu zebra. Há dezenas de câmeras e microfones nos calos dos senadores. E aí, pronto. Sujou geral.
Leia o segundo capítulo amanhã.
domingo, 24 de junho de 2007
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